Se há um setor da economia que cresceu durante a pandemia foi o mercado pet. O fato de pet shops terem sido considerados atividades essenciais, juntamente com supermercados e farmácias ocasionou um grande impulso nas vendas nesse tipo de negócio.
Além disso, em 2020 houve um grande crescimento no número de adoções de pets (cerca de 400% maior que 2019), e quem ficou em casa conseguiu dar mais atenção aos amigos de 4 patas. Com isso, foi possível atender melhor as suas necessidades comprando rações de melhor qualidade e brinquedos para aliviar o stress do confinamento.
Por esses fatores, a indústria pet obteve recordes em vendas e mostrou o quanto esse mercado tem potencial e resiliência para ser o último a ser acometido por crises e o primeiro a sair delas. Fato similar ocorreu nas crises mais recentes (2009 e 2015). Na crise atual, a situação está ainda melhor, já que não houve queda de faturamento para o setor e sim um crescimento de 13,5%.
No entanto, em 2021 algumas sequelas da pandemia começam a aparecer, especialmente com o aumento dos preços impulsionados pelo encarecimento das commodities e matérias-primas em geral.
De qualquer forma, o saldo ainda é bem positivo e em 2021. Segundo pesquisa do Instituto Pet Brasil, o mercado pet deve crescer 6,07% em 2021 – expectativa muito melhor do que a da economia nacional em geral.
Segundo a Abinpet, o setor faturou mais de R$ 40 bilhões em 2020, e tem sua participação de mercado dividida nos seguintes segmentos:– pet food – 50%;– venda de animais direto dos criadores – 12,1%;– pet vet- 11,8%;– serviços gerais – 10,4%;– serviços veterinários – 10,3%;– pet care – 5,6%.
De acordo com Ricardo de Oliveira, sócio da empresa de consultoria Sucesso Pet, “neste cenário, em que o mercado cresce e também aumenta o nível de concorrência, mais do que nunca o setor vem buscando a profissionalização e a qualidade de produtos, serviços e da própria gestão do estabelecimento pet”.