Sesc São Paulo anuncia retomada da visitação presencial a dez exposições

No Sesc, as atividades presenciais seguem rígidos protocolos de órgãos de saúde pública. Com acesso gratuito, as mostras têm visitação com horário reduzido e ocupação limitada a até 25% da capacidade de cada local. A visitação será permitida apenas mediante agendamento prévio disponibilizado pelo portal do Sesc São Paulo, pelo link sescsp.org.br/exposicoes.

Em conformidade com os protocolos de segurança do estado e de cada município, o Sesc São Paulo retoma algumas atividades presenciais, seguindo medidas para prevenir o contágio e disseminação da Covid-19. A partir de 11 de maio, o Sesc recebe públicos agendados em dez exposições nas unidades da capital (Avenida Paulista, 24 de Maio, Consolação, Santana e Santo Amaro), da Grande São Paulo (Osasco, Santo André) e do interior (Jundiaí, Piracicaba e Taubaté).

Entre os destaques, figuram as mostras inéditas reAlices: narrativas artevisuais, que traz ao espaço expositivo do Sesc Santo André interpretações de oito artistas visuais sobre capítulos do livro Alice no País das Maravilhas ; e a mostra “Viver até o fim que me cabe!” – Sidney Amaral: uma aproximação, que reúne, no Sesc Jundiaí, sob a curadoria de Claudinei Roberto da Silva, uma parcela importante da vasta produção de Sidney Amaral (1973-2017), artista brasileiro falecido precocemente . A exposição apresenta trabalhos que transitam entre as linguagens do desenho, da pintura e da escultura, além de cadernos do artista e obras em processo.

Na capital, o público tem a oportunidade de visitar ainda as últimas semanas de cinco exposições que abriram no final do ano passado, entre elas: Infinito Vão: 90 Anos de Arquitetura Brasileira (Sesc 24 de Maio), que traz um recorte da história da arquitetura nacional por meio de obras e projetos arquitetônicos de 96 figuras emblemáticas do setor, como Lina Bo Bardi, Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha; e Oficina Molina – Palatnik (Sesc Avenida Paulista), que propõe um diálogo entre a obra de Abraham Palatnik (1928-2020) e Mestre Molina (1917-1998), nomes emblemáticos da história da arte brasileira que integram o Acervo Sesc de Arte.

Segundo Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, “a exibição de mostras no Sesc acontece mediante a adoção de rígidos protocolos sanitários para a segurança dos funcionários e do público. O momento é de cautela e, por isso, o Sesc São Paulo dá continuidade à retomada das atividades presenciais de forma gradual, com horário agendado e com atenção às medidas preventivas contra a Covid-19”.

O público pode visitar as exposições de forma gratuita e presencial mediante agendamento prévio online através da página de cada unidade no Portal do Sesc São Paulo ou em se scsp.org.br/exposicoes . Para assegurar o distanciamento recomendado entre os visitantes, as vagas para as sessões são limitadas e variam conforme a unidade, sempre respeitando o limite de até cinco pessoas a cada 100 m2e a ocupação de, no máximo, 25% da capacidade de cada local. O uso de máscara é obrigatório durante todo período de permanência na unidade.

Além da retomada de visitas presenciais agendadas às exposições, o Sesc São Paulo oferece também, na plataforma Sesc Digital, a possibilidade de acesso, de forma online, a diversos conteúdos das mostras exibidas nas unidades da instituição. São materiais criados com o objetivo de complementar a experiência dessas exposições. A plataforma é regularmente abastecida com conteúdos inéditos. O público pode acessar vídeos-passeio, entrevistas com artistas e curadores, séries, reproduções de obras, catálogos e publicações educativas tanto de exposições que estavam em cartaz nos últimos meses – e cujo acesso teve alcance restrito, em função das medidas de combate à Covid-19 – quanto de mostras realizadas em outros anos.

Confira a programação completa das dez exposições que podem ser visitadas presencialmente a partir de 11 de maio, mediante agendamento prévio online, em unidades do Sesc São Paulo:

Capital e Grande São Paulo
Sesc 24 de Maio
Infinito Vão: 90 Anos de Arquitetura Brasileira
A exposição traz ao público um recorte da história da arquitetura brasileira a partir de obras e projetos de 96 arquitetos emblemáticos do país, como Lina Bo Bardi, Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha. Com curadoria de Fernando Serapião e Guilherme Wisnik, a mostra compreende desde a conclusão da primeira das três casas modernistas de Gregori Warchavchik (1928) até o presente.
Curadoria: Fernando Serapião e Guilherme Wisnik.
Período expositivo: até 27 de junho de 2021.

Sesc Avenida Paulista
Oficina Molina – Palatnik
Dois artistas conectados pelo apreço ao lúdico e pelo prazer da invenção – assim são Abraham Palatnik (1928-2020) e Mestre Molina (1917-1998), nomes emblemáticos da história da arte brasileira que integram o Acervo Sesc de Arte. Um diálogo entre suas produções artísticas é exibido ao público na mostra Oficina Molina – Palatnik, em cartaz até 29 de maio no Sesc Avenida Paulista. Neste encontro, o diálogo poético entre as obras de diferentes épocas da trajetória de Palatnik e Molina evidencia que a ação de um objeto no espaço e no tempo, o movimento, é matéria plástica de inegável qualidade sensível. Ambos compartilham ainda de um mesmo período histórico, embora sejam lidos em diferentes chaves estéticas: o popular e o erudito.
Período expositivo: até 29 de maio de 2021.

Sesc Consolação
Países Espelhados: objetos, imagens, sabores, memórias – encontros culturais entre o Brasil e nações africanas de língua portuguesa
Por meio de imagens, objetos e obras de arte e artesanato, têxteis, música, lendas e histórias das tradições oral e escrita, e culinária, a exposição apresenta as trocas culturais entre os países lusófonos Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Curadoria: Renato Imbroisi.
Período expositivo: até 26 de junho de 2021.

Sesc Osasco
Distraídos Venceremos
Fruto de uma pesquisa da poeta, compositora e curadora Alice Ruiz, a mostra homenageia a trajetória de Paulo Leminski (1944 – 1989) e marca três décadas de seu falecimento. O projeto gráfico assinado pelo artista Miguel Paladino traz uma espécie de jogo de luzes que revela os poemas paulatinamente – artifício que se evidencia ainda mais ao entardecer. Na instalação inédita, constam uma série de poemas do escritor curitibano, um autêntico representante da poesia marginal e aclamado pela crítica como um dos mais expressivos poetas de sua geração.

Sesc Santana
Conflito, insurgências e resistências
A mostra, com obras de Regina Parra, Mulambö, Denilson Baniwa e do Coletivo Trovoa, encerra o ciclo de exposições livremente inspiradas pelo livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, tendo sido pensada a partir do último trecho do livro escrito pelo jornalista, que registra o confronto ocorrido em Canudos (1896-1897).
Período expositivo: até 27 de junho de 2021.

Sesc Santo Amaro
Trabalhadores Ilustrados
O trabalho ocupa um espaço na vida das pessoas que, por vezes, se confunde com a própria noção de identidade. A partir desta premissa, a mostra apresenta ilustrações – especialmente a partir da produção literária brasileira de meados do século 20 – focando em obras nas quais os personagens têm suas trajetórias de algum modo relacionadas a seus trabalhos.
Curadoria: Chico Homem de Melo.
Período expositivo: até 26 de julho de 2021.

Sesc Santo André
reAlices: narrativas artevisuais
Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, é um dos grandes clássicos da literatura mundial, derivando em filmes, obras de arte, animações e muitas outras produções que ocupam o imaginário coletivo. O Sesc Santo André apresenta uma mostra que traz a interpretação artística de oito artistas – Guta Moraes, Mauro Yamaguti, Renan Santos, Nicole Bustamante, Mariana Ser, Ariádine, Alex Rodrigues e Daniel Esteves – sobre a obra literária. Esse é o mote de reAlices: narrativas artevisuais. A exposição foi desenhada para transformar a galeria da unidade em uma porção de páginas imaginadas pela personagem título do livro. A ativação do espaço da unidade também colabora com a ideia da narrativa, já que se trata de um grande corredor, onde é possível imaginar um caminho cronológico transformado de acordo com os espaços em que Alice passa.
Período expositivo: até 30 de julho de 2021