São Paulo investe R$ 25 milhões em programas sociais que geram emprego e renda para enfrentar a pior fase da pandemia

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo investirá R$ 25 milhões para mitigar os efeitos da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus na capital. A iniciativa, anunciada pelo prefeito Bruno Covas nesta terça-feira (30) durante coletiva de imprensa on-line, atuará em três frentes com programas que visam gerar renda, trabalho e amenizar a insegurança alimentar da população.

POT em Defesa da Vida

O Programa Operação Trabalho (POT) Defesa da Vida irá inserir 2 mil agentes de prevenção à Covid-19, com idade entre 18 e 24 anos, para 20 horas semanais e bolsa auxílio mensal no valor de R$ 769,95. As inscrições foram encerradas em 26 de março e a lista de aprovados será divulgada na próxima sexta-feira (02/4).

Foram mais de 33 mil inscritos, que estão passando por triagem para atender aos critérios do programa como estar desempregado há mais de quatro meses, ter renda de até meio salário mínimo por pessoa da família, morar na capital e não receber benefício como o seguro-desemprego.

Focado em uma parcela da população que teve aumento do desemprego em 2020, segundo dados do IBGE, o POT Defesa da Vida contará com este contingente para atuar no apoio e orientação da população na garantia dos protocolos sanitários, boas práticas de higienização e limpeza, distanciamento social, uso adequado de máscara, entre outros. O trabalho ocorrerá com o apoio das equipes da Defesa Civil, Guarda Civil Metropolitana (GCM) e GCM Ambiental da cidade. Serão três turnos de quatro horas em ações em terminais de ônibus, praças, escolas, organizações sociais, entre outros.

A atividade terá duração de seis meses e os beneficiários deverão cumprir parte da carga horária em atividades de qualificação profissional, visando a reinserção no mercado de trabalho ou na geração de renda por meio do empreendedorismo.

Costurando pela Vida

A Prefeitura irá investir ainda R$ 3 milhões para a produção de máscaras de tecido que serão distribuídas para a população vulnerável. A iniciativa irá incentivar a geração de renda de mais de 600 costureiras da capital que estão sem ocupação durante a pandemia do coronavírus.

Para isso, serão selecionadas organizações da sociedade civil para a contratação e capacitação das profissionais. Do total, 350 delas receberão uma qualificação com foco em empreendedorismo.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo abriu o primeiro edital do Costurando pela Vida em abril de 2020, com investimento de R$ 2 milhões. Foram selecionadas três organizações para a produção de máscaras, propés, gorros e toucas. As entidades contrataram mais de 400 costureiras em situação de vulnerabilidade, que receberam capacitação profissional e receberam cerca de R$ 1.800 por mês.

Cozinhando pela Vida

O programa Cozinhando pela Vida, que distribui refeições completas para pessoas em situação de vulnerabilidade, irá produzir e distribuir em comunidades 1 milhão de marmitas em três meses. A iniciativa é uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação e utilizará as cozinhas de 19 CEUs – Centros Educacionais Unificados, além de quatro cozinhas de Organizações da Sociedade Civil (OCSs).

A escolha dos CEUs se deve à disponibilidade da estrutura de cozinha, e também pela sua localização em diversos bairros da periferia da cidade, regiões com alto índice de vulnerabilidade socioeconômica e insegurança alimentar e nutricional, onde os impactos da Covid-19 são ainda mais fortes.

As organizações contratadas deverão selecionar cerca de 350 profissionais para trabalhar nas cozinhas, promovendo também 30 horas de qualificação profissional em segurança alimentar, com foco em empreendedorismo, tendo a cadeia gastronômica como importante ferramenta de reinserção no mercado de trabalho. O montante reservado para esta fase emergencial do programa é de R$ 10 milhões.

Nas duas primeiras edições do programa, realizadas entre julho e outubro de 2020, foram investidos R$ 1,4 milhão na distribuição de 138 mil refeições. Na ocasião, 119 pessoas foram contratadas para atuar nas cozinhas.

Ações já realizadas

Na área do trabalho, foram 108 mil empregos mantidos com as empresas terceirizadas.

“Foi uma das primeiras ações desenvolvidas. Uma parceria da Prefeitura com a Câmara Municipal e o Tribunal de Contas do Município, mantendo ativos os contratos terceirizados de serviços não prestados que foram reajustados para que os empregos fossem mantidos desses 108 mil trabalhadores aqui na cidade de São Paulo”, explicou o prefeito Bruno Covas.

Em 2021 também foi lançado o POT Volta às Aulas, que contratou mães que auxiliaram no cumprimento das medidas sanitárias durante o processo gradual de retomada das aulas na capital.

Com a realização de ações sociais e de trabalho, a Prefeitura já gerou 9.919 vagas de emprego nos seguintes projetos:

4.590 – POT Volta às aulas
2.000 – POT Defesa da Vida
1.294 – Rede Cozinha Cidadã para pessoas em situação de rua
1.035 – Rede Cozinha Cidadã para comunidades
350 – Cozinhando pela Vida
650 – Costurando pela Vida

Atendimentos

Desde o início da pandemia, as unidades do  Cate (Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo) já realizaram 286 mil atendimentos.

Apenas para o esclarecer dúvidas sobre como se cadastrar e receber o auxílio emergencial do Governo Federal, foram 10 mil atendimentos. Os microempreendedores também não foram deixados de lado. Até o momento, foram registrados 138 mil atendimentos.