A concentração de pessoas em situação de rua tem sido uma preocupação para os moradores da rua Rua Pereira Barreto, em Santo Amaro, pois devido a pandemia do coronavírus, a região se tornou um “lixo a céu aberto”.
“Há uma tenda que cobre toda a calçada, dificultando a passagem dos pedestres. Além disso, os moradores de rua usam drogas e bebidas no espaço”, conta um morador que pediu para não ser identificado. “Temos medo de represália”, confessa.
Há 20 anos, cerca de 9 mil pessoas viviam na rua na cidade de São Paulo. Dez anos depois, esse número subiu para 14 mil. Em 2015, eram quase 16 mil. No último Censo, feito em 2019, eram 24.344 moradores de rua na capital.
A pandemia teve um papel para um novo aumento – o desemprego e a crise econômica levou muitas pessoas para essa situação. Chama a atenção a quantidade de famílias inteiras que passaram a viver na rua nos últimos meses.
“Os moradores de rua pedem dinheiro para todas as pessoas que passam pelo local. Além disso, eles usam coletes e são confundidos com guardadores de carros. Com o dinheiro arrecadado, eles compram drogas e bebidas. É o crime acontecendo a céu aberto”, conta outro morador, que pediu para não ser identificado.