Coluna Lu Peron

Castigo ou consequências

Lu Peron

Educar é construir pontes entre o que as crianças sabem e o que ainda precisa aprender sobre limites e responsabilidades. 

Muitos pais e educadores ainda recorrem aos castigos e constrangimentos para corrigir comportamentos de forma rápida. 

No entanto, embora tenham efeito imediato, os castigos geram frequentemente medo, ressentimento e insegurança, sem ensinar à criança a se comportar melhor. 

As consequências, por outro lado, são ferramentas pedagógicas valiosas que conectam causa e efeito, ajudando as crianças a entender o impacto de suas ações.

Elas podem ser as naturais, que ocorrem sem interferência do adulto, ou lógicas, quando planejadas para guiar o aprendizado.

Por exemplo, se uma cri- ança deixou o brinquedo no quintal, ele pode estragar e a criança ficará sem ele. 

Já uma consequência lógica tem a intervenção do adulto e precisa ser sempre respeitosa, razoável e adequada à idade. 

Para uma criança que pintou a parede, por exemplo, se a criança tem 2 anos, ajude a limpar a parede com ela; se ela tem 5 anos, mostre onde estão os produtos de limpeza e demonstre como fazer; e se for um adolescente, se a limpeza não for o suficiente, vá com ele comprar tinta, com o dinheiro dele, e pintem a parede juntos. 

Bacana né? Optar por consequências, em vez de castigos, fortalece a empatia, a reflexão e a responsabilidade, mostrando às crianças que seus comportamentos têm impactos reais, ensinando como repará-los.

Convido você a experimentar essa abordagem e observar como ela constroi valores duradouros e uma relação mais respeitosa entre pais e filhos.