Busca por pequeno produtor é tendência entre consumidores

Época de páscoa poderia trazer uma sensação boa para o consumidor comprar chocolates, mas a pesquisa recente realizada pela Opinion Box mostra que muitas pessoas deixam de comprar chocolate por causa do preço, mesmo que ainda comprem de grandes marcas nos supermercados. Entretanto, o estudo aponta que estes mesmos consumidores têm interesse em experimentar novos sabores de chocolate. Com isso, a presença de microempreendedores nessa área vem ganhando cada vez mais força também. Conheça algumas histórias inspiradoras de profissionais que estão aproveitando as oportunidades desse mercado para crescer com o próprio negócio.

A Ana Regina é Personal Chef e trabalha como cozinheira há 30 anos. Ela realizou a prova do ENEM para o curso de Serviço Social, mas não se identificou. Decidiu, então, iniciar o curso de Técnico em Nutrição e descobriu ainda mais o amor pelas técnicas da cozinha e alimentação saudável. Em 2011, pediu demissão do trabalho de doméstica e criou o próprio negócio, chamado Tempeiro de Mãe.

Começou atendendo pessoas conhecidas e há três anos, viu uma oportunidade de oferecer seu trabalho por meio do GetNinjas, app de contratação de serviços. A partir disso, 90% dos serviços passaram a vir da plataforma e ela conseguiu fidelizar muitos clientes. Além das refeições que ela prepara, Ana também abriu uma loja online onde vende seus produtos, como o kit de Páscoa. Ela também oferece um curso que se chama “Você mais saudável”.

Já a ex-masterchef e cozinheira Haila Santuá, por exemplo, descobriu pela ZoOme.TV, plataforma de streaming de vídeo, a oportunidade de oferecer aos seus alunos empreendedores em inúmeras lives, técnicas e treinamentos sobre como preparar o próprio negócio para esse período do ano e ainda inovar para conquistar o público que não pretende aderir ovos de páscoa. Haila Santuá é especialista em artesanal, simples e caseira. A empreendedora largou a publicidade para viver da gastronomia há cinco anos. Ela alcança mais de 400 mil seguidores nas suas redes sociais.

No caso da Marília Milagres, confeiteira e cofundadora do Borília Doces e Salgados, a aproximação com o chocolate se deu depois que seu esposo perdeu o emprego, em 2017. “Como ficamos sem renda, precisei pensar rápido em uma alternativa e como sempre cozinhei muito bem, veio a ideia de vender doces”, conta. Por meio da Eduk, curso online de capacitação profissional, Marília aprendeu todas as técnicas de preparo de doces, bolos e salgados. “Não parece, mas a confeitaria tem diversos detalhes que não podem passar em branco. E sempre que preciso me atualizar, busco na plataforma”.

No início, as vendas ocorriam apenas por encomenda, mas em 2020, a profissional iniciou o atendimento por meio de aplicativos e passou a divulgar seu trabalho por meio das redes sociais. Logo, a empresa teve um aumento significativo na demanda. Marília conta que hoje, a média é de 30 pedidos por dia. Até 2022, a projeção da empreendedora é abrir uma loja física. Além disso, a Borília Doces, que vem fazendo cada vez mais sucesso, já fez encomenda até para personalidades, como a jornalista Mari Palma.